sexta-feira, 21 de maio de 2010

E-Fólio B

I) Ficha de Leitura

Temas em Psicologia - 2005 Volume 13 número 2
Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área

Joviane Marcondelli Dias Maia
Universidade Federal de São Carlos

Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Universidade Federal de São Carlos

O estudo resumido nesta ficha de leitura tem como objectivo conhecer os factores de risco e factores de protecção no desenvolvimento infantil.
Destaca-se a importância por parte do autor de que todos os profissionais que actuem na área da infância e da adolescência tenham conhecimento dos direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente que está em vigor no Brasil desde 1990.
Na realização deste estudo, foi consultada na sua maioria literatura de âmbito científica, capítulos de livros, monografias, dissertações de Mestrado e Anais de Congressos. Como noção de factores de risco temos então todas as condições por meio dos estudos existenciais na criança ou no seu meio, que acarretam um risco de morbidade mental superior àquele observado na população geral por meio dos estudos epidemiológicos. Mas estes factores por si só não são suficientes para justificar a consequência de uma psicopatologia na criança.
Citando Hutz, Koller e Bandeira (1996) sinalizam mecanismos, factores ou processos protectores como influências que melhoram ou alteram a resposta dos indivíduos a ambientes hostis. São estes factores que diminuem a probabilidade do indivíduo desenvolver problemas de exteriorização (uso de drogas, ou álcool, crueldade para os animais, etc.) Após diferenciar os dois tipos de factores vamos conhecer e resumir brevemente quais os factores de risco e os factores de protecção dos autores citados neste estudo, passando em primeiro lugar aos de risco. Para Brancalhone et al. (2004), entende-se como factores de risco ao desenvolvimento infantil, todas as modalidades de violência doméstica (violência física, negligência e violência psicológica). Para alguns autores, entre os quais Barnett (1997), as consequências da vitimização física de crianças tem impacto negativo no desenvolvimento infantil, ou seja, estas crianças, segundo estudos têm uma maior probabilidade de virem a ser no futuro delinquentes e afastarem-se dos valores ideais de viver em sociedade. Para a American Academy of Pediatrics (2002), os factores de risco para que haja violência psicológica, associados aos pais, destacam-se as habilidades parentais pobres, abuso de substâncias, depressão, tentativas de suicídio, baixa auto-estima, perda de empatia, entre outros. Segundo Aiello e Buonadio (2003), outro factor de risco são os pais portadores de deficiência mental, com baixa escolaridade ou oriundos de famílias numerosas. Perante o Ministério da Saúde os factores de risco estão inerentes à família e à criança, por exemplo no que respeita à família, temos famílias baseadas numa distribuição desigual de autoridade e poder, como riscos inerentes à criança, temos como risco a separação da criança da sua mãe à nascença. Nestes factores de risco surgem três tipos de violência, violência física, violência psicológica e violência sexual.
Os factores de protecção segundo Garmezy (1985) são classificados em três categorias: atributos disposicionais da criança-actividades, autonomia, orientação social positiva, auto-estima e preferências; características da família; fontes de apoio individual ou institucional disponível. Para Bee (1995) a aquisição de normas e regras possibilita à criança um desempenho social mais adaptado e aquisição de autonomia.
A família, segundo Repold et al. (2002), além de factor de risco também pode ser considerada como factor de protecção, dependendo sempre do estilo adoptado pela mesma em relação à criança. Reforçando esta ideia temos o estudo de Kumpfer e Alvarado (2003), que para eles as práticas parentais efectivas constituem-se como o meio mais poderoso de reduzir problemas de comportamento dos adolescentes. Ainda segundo os mesmos autores, um relacionamento positivo entre pais e criança, método positivo de disciplina, monitorização e supervisão, transmissão de valores e expectativas pró-sociais e saudáveis são factores de protecção.
Também a o grau de escolaridade materna e o seu baixo nível de depressão e uma rede social fortemente estabelecida são considerados também como factores de protecção segundo Holden et al. (1998).
Em 1989, Era-Grant, Thomas, Offord e Boyle identificam como factores de protecção, o temperamento positivo, a inteligência acima da média, e a competência social. Werner (1998), aponta também como factor de protecção o vínculo afectivo com outro familiar (avós ou irmão), porque esta pessoa pode-se tornar um suporte importante nos momentos de stress promovendo, também a competência, a autonomia e a confiança da criança. A escola e os amigos também são citados como factores de protecção importantes no sentido de fornecerem suporte emocional, e o papel dos professores como modelo a seguir pelas crianças em risco. Na minha opinião estes factores são cada vez mais importantes, sendo que as crianças nos dias de hoje passam maior parte do dia na escola, em contacto com os seus colegas e amigos.

II) Avatar


sábado, 27 de março de 2010

E-Fólio A

A)
Várias áreas da psicologia têm vindo a estudar o desenvolvimento humano, embora seja a psicologia do desenvolvimento a que mais se tem dedicado ao seu estudo. A psicologia do desenvolvimento tem como objecto de estudo todas as etapas do ciclo de vida e o desenvolvimento dos processos psicológicos / biológicos e dos processos interactivos entre o sujeito e o meio.
O desenvolvimento humano é um processo que resulta de vários factores (psicológicos, biológicos e socioculturais), que se inicia desde a concepção e evolui ao longo da nossa vida.
Primeiramente, o estudo do desenvolvimento humano centrava-se no estudo da infância e da adolescência dos indivíduos, sendo Erikson o primeiro autor a apresentar a evolução humana segundo estádios ao longo de toda a vida.
Vários autores entre os quais o citado Erikson, Bruner, Freud, Piaget e Vigotsky implementaram o conceito de estádios nas suas teorias, embora cada qual o designe de forma diferente. Entende-se por estádio, a estrutura interna com características próprias determinantes na evolução humana.
O meio ambiente e a hereditariedade são dois factores no processo do desenvolvimento humano, por isso surgem concepções, levando à defesa de qual o factor mais determinante no processo referido anteriormente.
Assim, existem duas abordagens, a abordagem maturacionista e a abordagem interaccionista. A primeira defende que as características do ser humano dependem do código genético recebido e o seu desenvolvimento resulta de um processo fisiológico pelo qual a hereditariedade actua após o nascimento-maturação. Temos então, os conceitos nature e nurture, em que o primeiro defende a hereditariedade como forma determinante no desenvolvimento humano, onde o meio e a experiencia em torno do sujeito são irrelevantes, enquanto o conceito nurture é precisamente o contrario, onde a hereditariedade é subvalorizada e os factores em torno do individuo são essenciais no seu desenvolvimento. Por outro lado a abordagem interaccionista valoriza tanto os factores hereditários e maturativos quer os factores contextuais e de aprendizagem.
As teorias mais relevantes do desenvolvimento humano são: psicanalítica, behavorista, cognitivista e humana. Entende-se por teoria o conjunto de crenças sobre determinados aspectos do universo, usados para explicar factos observados ou predizer novos factos. A teoria psicanalista é da responsabilidade de Sigmund Freud, de acordo com a mesma, o desenvolvimento humano é explicado através da evolução psicossocial do sujeito. Para Freud, a infância tem um papel central na estruturação da personalidade do sujeito, por isso explica-se que Freud divida a infância em cinco estádios psicossexuais. Nesta mesma teoria surge Erikson, a perspectivar o desenvolvimento em oito estádios, desde o nascimento até à morte.
Consoante a teoria behavorista, o ambiente envolvente é o responsável pelos comportamentos, pensamentos e sentimentos do ser humano.
Na teoria cognitivista onde se destaca Jean Piaget, o indivíduo, aquando do seu nascimento possui um património genético que possibilita a interacção com as situações quotidianas que vai experienciando. Ainda segundo os cognitivistas, o desenvolvimento intelectual ocorre através de mudanças de estruturas do conhecimento, como resultado da presença de mecanismos específicos de adaptação, tais como a assimilação, a acomodação e a equilibração. Para Piaget o desenvolvimento humano assenta em quatro factores: a hereditariedade e a maturação interna, a experiencia física e a acção sobre os objectos, transmissão social e a equilbração progressiva como principal factor do desenvolvimento. Ainda segundo Piaget, é na infância e na adolescência que as grandes aquisições mentais são obtidas, sendo estas fundamentais no desenvolvimento cognitivo do indivíduo. A teoria humanista defende que as pessoas são espontâneas, auto-determinadas, criativas e tomam decisões autónomas ao longo da sua vida. Como defensor desta teoria surge Abraham Maslow, e de acordo com a sua perspectiva teórica, cada pessoa possui uma necessidade inata de auto actualização e desenvolvimento total das suas potencialidades. Identificou que os seres humanos são motivados por necessidades específicas, mas que nem sempre são iguais, variando muito de acordo com o momento vivido pelo indivíduo. A partir disto, Maslow concluiu que a lógica humana das motivações segue a seguinte hierarquia, disposta da mais urgente para a menos urgente. Assim, aponta que em geral um indivíduo deverá satisfazer uma necessidade mais urgente para passar para a próxima necessidade.

B)
1.
Estes ritmos diferentes de desenvolvimento são explicados por factores biológicos. O desenvolvimento dos músculos e a aquisição da mobilidade dependem apenas do código genético de cada ser vivo.

2. Os estudos de Goddard tentaram provar através da abordagem maturacionista, que o desenvolvimento humano advém de uma predeterminação genética, ou seja, inata.
Esta abordagem defende que as características de cada ser humano dependem do código genético recebido e o seu desenvolvimento resulta de um processo denominado maturação, onde a hereditariedade actua após o nascimento do indivíduo.

3. Esta afirmação vem na sequência dos defensores da teoria behaviorista, que defendem que os factores do meio e de aprendizagem são os principais elementos no desenvolvimento humano. Não é o nosso código genético que determina os vários estádios do desenvolvimento humano, mas sim o meio que nos envolve e forma.

4. Os argumentos utilizados pelos defensores da hereditariedade, relativamente aos progressos desta criança, passariam pela sua predeterminação genética, o que possibilitou alcançar novos estádios no seu desenvolvimento. Pelo contrário, os defensores do meio ambiente afirmariam que só através do treino e da educação fornecida pela equipa do Dr. Itard, é que se conseguiu alcançar esses progressos.

5. Na minha opinião, tanto nature como nurture têm influência no processo de aprendizagem. Não podemos dissociar os factores hereditários dos factores contextuais.
Um indivíduo no seu desenvolvimento e passando pelos seus diversos estádios está em constante formação, em que os factores inatos e os factores adquiridos interagem entre si.

6.
a) Discordo
b) Concordo
c) Concordo
d) Discordo muito
e) Discordo
f) Concordo muito

segunda-feira, 22 de março de 2010

Voltar a estudar

Depois de alguns anos sem estudar, em 2008 surgiu a oportunidade de completar o 12º ano através do RVCC (Novas Oportunidades). Depois de concluído, o "bichinho" de prosseguir com os estudos não me largou e decidi inscrever-me na UAB na Licenciatura em Educação, como primeira opção. Foi com enorme alegria que recebi a notícia que tinha conseguido mais um objectivo proposto. Esta entrada na universidade coincidiu com uma fase menos boa da minha vida e não tem sido nada fácil conseguir conciliar os estudos com tudo o resto, mas tenho a certeza que com força de vontade tudo se consegue, e eu vou conseguir!

Equilíbrio é a Palavra

Equilíbrio é a palavra, que neste momento,
julgo de maior importância, para o Homem, levar
por diante, todos seus intentos e esforços.

Ser razoável ante as diferenças, dos demais,
saber escutar, e, a interferir, usar de toda a sua humildade
e bom senso, isso é um bom ponto de referencia,
para o equilíbrio desejado.

Diante de ninguém, sejamos arrogantes, como
se tudo soubéssemos, perante a suposta ignorância,
dos outros, que apenas está, na nossa cabeça.

Pois que, a cada um, seu próprio conhecimento,
feito de aprendizagem, principio, meio e fim, erro e
acerto, que pelos tempos a fora, virou conceito, dentro de
uma flexibilidade, que se quer sempre presente.

Equilíbrio é pensar antes de falar, antes sequer de agir,
para que não venhamos a ter embaraços, perante ninguém,
como alguém, que apenas fala por falar, como quem quer
agradar aos outros, apenas por isso, sem que nada diga de proveitoso.

É saber dizer, da mesma maneira e convicção, quer o «sim» e
o «não», sem que venha a dúvida, pelo gesto tido e assumido,
do mais profundo de seu coração, no alto de sua personalidade.

E é também, nunca provocar uma discussão, sabendo parar a tempo,
mesmo que os nervos se façam sentir, por instantes, e, respirar fundo,
indo ao encontro, do tão esperado equilíbrio.

Equilíbrio esse, que está dentro de nós, em tudo que fazemos,
de bom grado. Nas pessoas, se nelas acreditamos (principalmente em
nós).

E na mãe natureza, ou naquilo que nos rodeia, sejam
grandes ou pequenas, as coisas, que nos cercam por todo o lado.

Mas o maior dos equilíbrios, está na família, na pessoa que amamos,
nos amigos, no trabalho ou nas escolas.